quinta-feira, 10 de abril de 2008

Divórcio... sim ou não?

Fato real ocorrido em um fórum:
Irmãos estou em dúvida? Meu ex-marido não é nosso irmão na fé e me pediu o divórcio, eu como uma serva de deus o que devo fazer para não transgredir a lei de Deus. a paz de Deus

Resposta com muita propriedade
Amém irmã Nane.

Este é um assunto que no meio evangelico gera muita polêmica, pois existem denominações que são favoraveis ao Divórcio e até mesmo a um novo casamento, outras já são mais comprometidas com a Palavra de Deus que não permite pelo Novo Testamento tal prática. E lado extremo a igregreja Católica romana esta abomina tal pratica. Conforme estudos relacionados a Divórcios, tenho meu paracer conforme diz a Palavra de Deus em Iª Conrintios 7:10 a 24: Não sou favorável ao divórcio por nenhum motivo, sendo que o divórcio causa traumas nos filhos e nas famílias de ambas as partes.Devemos nos esforçar para ter uma vida conjugal até que a morte os separe. 1ª Cor. 7:10-11 De acordo com o ensino de Paulo e também a do Senhor Jesus (Marcos 10:1 a 12), os crentes não deveriam se divorciar. Se ocorrer separação, o crente devepermanecer "descasado" ou reconciliar-se permanentemente.
1ª Cor. 7:12-13 Estes versículos tratam de casamentos em que um dos cônjuges torna-se crente depois do casamento. "aos mais digo eu, não o Senhor.I.e"., Cristo não deixou qualquer ensino referente a casamentos espiritualmente mistos, mas Paulo o faz aqui, e seu ensino tem autoridade.

1ª Cor. 7:14 Santificado. A presença de um crente em um lar separa-o e dá-lhe uma influência cristã que de outra sorte não teria. Um cônjuge crente, portanto, deveria permanecer com o descrente. Isto não significa, todavia, que os filhos de tal lar sejam automaticamente crentes. Eles são Santos no sentido de serem separados pela presença de um pai ou mãe crente.
1ª Cor. 7:15 Apartar-se. Se o côjuge incrédulo escolher a separação, o crente deve aceitá-la, depois de ter feito todo o possivel para evitá-la. Este versículo nada fala sobre um segundo casamento para o crente. Então entende-se que, que fique sem se casar novamente o que se reconcilie com o côjuge da sua mocidade.
1ª Cor. 7:17 a 24 O princípio de permancer no estado civil em que o individuo se encontra é parte de um princípio mais geral: em tudo o cristão deve permanecer em sua vocação.

JESUS E O DIVÓRCIO. Certa vez uma avó disse-me que seu netinho, um menino de oitoanos de idade, afirmou: "Vovó, quando eu crescer, casar-me-ei e separar-me-ei de minha esposa, os meus filhos ficarão comigo. Eu não os deixarei com minha esposa". Este fato mostra-nos até que ponto a nossa sociedade tem assimilado a prática pecaminosa do divórcio. E não é difícil perceber que tal prática tem sido assimilada pela própria igreja, o povo de Deus. Basta observar o número de membros de nossas igrejas e até de lideres que se divorciam e se encontram em novas núpcias. Por isso,mais do nunca, é tempo de nos voltarmos para o "O Sagrado Livro", a Bíblia, para redescobrirmos a vontade de Deus sobre o referido assunto. Sabemos que a questão em pauta é controvertida e que o espaço que temos não nos permite tratá-la de maneira exaustiva. Assim, nos limitaremos a analisarmos o ensino de Jesus sobre a questão, analisando aqui o texto de Mateus 19.3-12.

I - A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO: Mateus deixa claro que era impura a intenção dos fariseus que foram saber a opinião de Jesus sobre a questão do divórcio. De fato eles não foram movidos pelo sincero desejo de aprender, mas estavam "experimentando" o Mestre. A grande maioria dos estudiosos acha que os fariseus queriam deixar Jesus em situação difícil e constrangedora, pois o assunto dividia a opinião pública da época. Havia aqueles líderes religiosos que interpretavam Deuteronômio 24.1 de maneira extremamente liberal e davam aoshomens o direito de se divorciarem de suas esposas por qualquer motivo. Enquanto que outros achavam que "cousa indecente", em Deuteronômio 24.1, aplicava-se somente ao adultério. A intenção era jogar Jesus contra um dos dois grupos. Não nos esqueçamos de que João Batista foi decapitado por causa da questão do divórcio (Mateus 14.3,4) Jesus Cristo, sem se posicionar ao lado de qualquer dos grupos e com a sabedoria que lhe era peculiar, evoca o texto de Gênesis e reafirma a indissolubilidade do casamento: "Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne." (Mateus 19.4-6a). Desta forma, a expressão "uma só carne", segundo Jesus, aponta para o aspecto indissolúvel do casamento. Então Ele conclui: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19.6b). Ou seja, não considere o homem dissolúvel o que para Deus é indissolúvel; não queira o homem mudar a ordem estabelecida pelo Criador. Até porque qualquer mudança promovida pelo homem, naquilo que Deus criou perfeito, será sempre para pior. Assim, usando Gênesis 1.27, o Senhor responde aos seus interlocutores afirmando categoricamente a indissolubilidade do casamento. E se não fosse à má intenção dos fariseus, a conversa poderia ter terminado aqui, e elesvoltariam para casa e se esforçariam para obedecer a vontade de Deus nesta questão. Mas como não eram puras nem honestas as intenções dos interlocutores de Jesus, eles armam uma segunda cilada.

II - MOISÉS E O DIVÓRCIO: Da mesma forma como o Diabo usou as Escrituras para tentar o Senhor Jesus, os fariseus fizeram para experimentá-lo, a segunda vez naquela ocasião, retrucando: "Por que mandou, então, Moisés (certamente em Deuteronômio 24.1-4) dar carta de divórcio e repudiar?" ( Mateus 19.7). E Jesus então lhes respondeu: "Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio." (Mateus 19.8). Há pelo menos duas revelações importantes nesta resposta de Jesus: a primeira é que o divórcio não era um mandamento da lei de Moisés, mas uma permissão. Os fariseus disseram que Moisés "mandou" repudiar, mas Jesus os corrigiu dizendo que ele "permitiu". A segunda revelação é a de que tal permissão se devia à dureza do coração humano. Ou seja, a pecaminosidade humana está sempre na raiz do divórcio. Nenhum divórcio é movido pela piedade e pela santidade dos que o praticam. O divórcio é uma expressão de nossa pecaminosidade latente. Assim mais uma vez o Senhor Jesus reafirma a indissolubilidade do casamento. E por ser o casamento indissolúvel, um segundo casamento de pessoa divorciada, segundo Jesus, será uma relação adúltera, posto que tal pessoa continue ligada ao antigo cônjuge pelos laços indissolúveis do casamento (Mateus 19.9). Quanto à cláusula de exceção: "não sendo em caso de relações sexuais ilícitas", deve ser entendida no contexto da permissão e não como mandamento. Em caso de infidelidade conjugal, o caminho do arrependimento, do perdão, da restauração e da reconciliação pode ser mais duro e mais difícil, mas será sempre mais bíblico e mais cristão e, portanto, melhor. Desta forma, Jesus continua sendo coerente e mantendo o princípio da indissolubilidade do casamento intocável.

III - A REAÇÃO DOS DISCÍPULOS:O verso 10 do nosso texto básico revela que os discípulos do Senhor entenderam claramente o recado de Jesus sobre a indissolubilidade do casamento. Tanto é assim que eles concluíram: "Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar". E o Senhor reafirma a indissolubilidade do casamento concordando com os discípulos em que "nem todos são aptos" para tanto (Mateus 19.11). No verso 12 Jesus dá alguns exemplos de pessoas que, por razões diferentes, são inaptas para o casamento e conclui: "Quem é apto para admiti-lo admita". Em outras palavras, os discípulos entenderam que o casamento, sendo indissolúvel, é um conceito extremamente pesado. E Jesus, por sua vez, não tira um grama desse peso, deixando irretocável o entendimento dos discípulos. É como se o Senhor dissesse: "É isso mesmo! Casamento é coisa muito séria, não é para qualquer um e não deve ser admitido irrefletidamente." Desta forma o Senhor Jesus, ao longo de toda conversa, afirma e reafirma a indissolubilidade do casamento, fazendo coro com o profeta que já havia afirmado: "Deus odeia o repúdio" (Malaquias 2.16).

IV - QUANTO AO CRENTE DIVORCIADO: Não poderíamos encerrar o presente estudo sem considerar, à luz do ensino bíblico, a situação daqueles servos e servas do Senhor que tiveram a infelicidade de se divorciarem, sendo que muitos destes já contraíram novas núpcias. Estes irmãos e irmãs pecaram contra Deus? Sim. E, como qualquer pecado, isto exige arrependimento e confissão sincera e abandono do pecado. As recomendações apostólicas para crentes que se separaram é de que "não se case ou que se reconcilie" com o cônjuge (1 Coríntios 7.11). E se for o caso de crentes que já contraíram segunda núpcias? Terão que romper o segundo casamento? A resposta é "não", pelas seguintes razões: primeiro o divórcio e o segundo casamento não são pecados imperdoáveis. Além disso, a Bíblia diz que devemos nos orientar pelo bom senso(Provérbios 2.11,12). E romper um segundo casamento pode muitas vezes ferir ao bom senso. E, finalmente, se houver arrependimento e confissão sincera e abandono da prática pecaminosa, Deus certamente abençoará este segundo casamento. Quem não se lembra do casamento abominável de Davi e Bateseba? Um casamento que nunca deveria ter acontecido e que atraiu a ira de Deus. No entanto,lemos na Bíblia que, depois do arrependimento e da confissão sincera, "Davi veio a Bateseba, consolou-a e se deitou com ela; teve ela um filho a quem Davi deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou " (2 Samuel 12.24). Assim, como sugere o exemplo de Davi, cremos que um segundo casamento de pessoas divorciadas, que Jesus chamou de adultério e que nunca deveria ter acontecido, poderá ser honrado e abençoado por Deus se tais pessoas se arrependerem e abandonarem a prática pecaminosa, honrando o segundo casamento como não honraram o primeiro.

CONCLUSÃO: A sociedade moderna tem, lamentavelmente, assimilada a prática pecaminosa do divórcio como uma instituição tão boa e desejável como o casamento. Lamentavelmente, porque tal prática é de conseqüências sociais nefastas. Ninguém perverte a ordem de Deus impunemente. Quando lemos à história das civilizações antigas e suas quedas posteriores, descobrimos que há algo marcante e notável: o declínio destas civilizações começa com o declínio dos padrões morais, desvalorização do casamento e a desintegração da família. E mais lamentável ainda é o fato de que a própria Igreja, que precisa ser luz do mundo e o sal da terra, tem se tornado como o mundo nesta questão. Vejamos ainda outras passagens bíblicas que nos orienta a respeito de Casamento, Divórcio e Recasamento: (Marcos 10:1 a 12; Lucas 16:18; Romanos 7:1 a 6; 1ª Corintios 7:10 a 24-39-40).

Que Deus tenha misericórdia de nós!
BoriDan, seu irmão em Cristo Jesus

Depois vem isso
Só uma pergunta, irmão: no segundo parágrafo, (ou seja, 1ª Cor. 7:12-13 Estes...) vc acha que que aquele parecer partiurealmente de Deus ou são apenas conclusões da imaginação do homem???? Abraços

Resposta dada por mim
Amado,

Escrevo-te para sanar tua dúvida. Veja que Paulo instrue a igreja de Corinto a respeito do divórcio, pois alguns "instrutores" entraram na igreja e começaram a pregar afavor do divórcio e correlatos que não convém abordar agora.

Então, para se solucionar o problema, Paulo adverte a Igreja que, em caso de casamento misto (ou seja, um do casal crente), que permaneça o sacramento, para que não seja quebrada a aliança formada em Gen 2:24 "Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne". Veja, que ele não interfere de forma nenhuma na frase deixada por Jesus "Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com arepudiada, comete adultério." (Mt 5:32, Mc 10:6-9)antes o dá mais ênfase "Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele." (1 Cor 7:12-13).Portanto, podemos chegar a conclusão de que, embora ele tenha dado a instrução e não diretamente a Bíblia (quando Paulo se refere "o Senhor" em alguns casos, são textos extraídos dos evangelhos e do velho testamento), ele foi usado por Deus para não dessacralizar o principal sacramento instituido antes mesmo de termos qualquer ciência.

Me despeço de vós e deixo uma frase em Mal 2:16 " Pois eu detesto odivórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre deviolência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis."
Que Deus, nosso Pai, superabunde em Graça, Paz, Entendimento eSabedoria nossos corações.

Depois de uma aula sobre divórcio dado pelo site, ainda tem alguem que pergunta a base teórica de quem escreveu tal coisa...

2 comentários:

Anônimo disse...

Irmão..essa palavra que se a mulher ou o marido nao crente aceita coabitar com ele, pra manter o casamento..eu entendi bem..mas e se depois de um certo tempo, o marido ou a esposa que nao serve a Deus decidir se separar do seu conjugue?como fica?

Claudio Love disse...

Amado,

Para responder sua pergunta, devemos recorrer ao 1 cor 7:15 "mas, se o descrente quiser apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz".
De modo que, se a pessoa a qual nao foi batizada decidir abandonar o lar, que a deixe ir. Mas pelo menos que tenha sido feito de tudo para que ela fique, como nos diz o mesmo capitulo no verso 13. Recomento a leitura do 1 cor 7, lá com certeza irá tirar suas duvidas.

Em cristo.
Claudio Love